segunda-feira, 12 de julho de 2010

''Tenho experiência maior que a da Dilma'' indio falou

Escolhido para compor a chapa presidencial com o tucano José Serra, o deputado Antonio Pedro de Siqueira Índio da Costa (DEM-RJ), 39 anos, quer se apresentar ao eleitor do Rio como fiador de uma promessa do candidato: com Serra na Presidência, não haverá "nenhum tipo de risco de arrebentar as finanças" dos Estados e municípios que dependem dos royalties do petróleo.

"O Serra é a garantia de manutenção dos royalties do Rio de Janeiro", afirma em entrevista ao Estado. "A única, porque só ele pode derrotar a Dilma Rousseff", completa, para provocar em seguida: "Para ela tanto faz. A Dilma não tem muita ideia; é um boneco. Está lá só para referendar os interesses do PT e não tem coragem de debater com Serra porque não tem consistência." Apesar da pouca idade - apenas quatro anos mais do que o mínimo exigido por lei para ocupar a Vice-Presidência -, Índio afirma que está maduro para assumir o posto. "Envelheci uns 30 anos depois que passei 10 horas no centro cirúrgico operando um aneurisma cerebral, em 2003. Não perdi minha alegria, mas a sensibilidade aumenta muito e isso faz muita diferença, porque governar é cuidar das pessoas."

Diante das resistências à hegemonia de São Paulo, vai ser difícil pedir voto para um paulista no Rio de Janeiro?

O eleitor é racional. Teremos, pela primeira vez, um vice do Rio. Na hora em que o eleitor vir um vice que tem paixão pelo Rio na chapa, sem dúvida rompe isso. Quando fez o convite, o Serra me disse: "Índio, você na vice será a presença do Rio no meu governo o tempo todo. Terei propostas concretas para o Estado". E, não fossem todas as outras razões, a garantia de que, com Serra, o Rio não perde a receita dos royalties do petróleo já seria suficiente para votar nele.

Mas isto não pode gerar problema com outros Estados?

Não é impossível prestigiar o Brasil como um todo sem sacrificar os Estados produtores de petróleo. O Serra tem competência para encontrar essa fórmula. Os royalties existem para prevenir e compensar os impactos urbanos, sociais e ambientais que a exploração do petróleo acarreta.

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